terça-feira, 27 de abril de 2010

Poema sem Faces

Quando nasci, um médico especialista
Desses sobrecarrecados que trabalham por aí
Disse: Vai Marcela, ser o que quiser na vida.


Os prédios são assaltados por homens
Que correm atrás de dinheiro.
A tarde talvez fosse pura
Não houvesse tantas indústrias

 
A Rua fica cheia de pobres:
Sujos e com fome
Porque tanta fome, meu Deus, pergunta meu coração.


Porém meus olhos não perguntam nada.


A menina atrás dos olhos castanhos
Não é séria, sensata, e nem forte.
Muito conversa.
Tem vários defeitos, defeitos
A menina atrás dos olhos castanhos.


Meu eu, por que me abandonaste
Se sabia que eu não era eu
Se sabias que eu era fraco.


Argentina Argentina vasta , argentina
Se eu me chamasse Marina
Seria uma rima e não uma solução.
Argentina argentina vasta argentina
Mais vasta é a minha oração.


Eu não devia te dizer,
Mas esse calor
Mas essa tequila
Botam agente rindo como o diabo.


Intertextualidade com Carlos Drummond de Andrade em POEMA DE SETE FACES.

30/10/2008

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